Ao avaliar a efetividade de programas de saúde, o ROI (Retorno Sobre Investimento) é frequentemente utilizado como principal indicador de sucesso. Embora o ROI seja uma métrica importante, ele não captura toda a gama de benefícios que esses programas podem oferecer.
A redução de custos com despesas médicas e absenteísmo é facilmente mensurável e oferece uma visão imediata do impacto dos investimentos nesses programas. Mas ao considerar apenas o retorno financeiro, muitas organizações deixam de lado aspectos cruciais como a satisfação e o engajamento dos funcionários, e a construção de uma cultura organizacional positiva que atrai e retém talentos de alto nível, além de conquistar a confiança e o respeito de clientes e parceiros comerciais.
Direcionando Investimentos em Programas de Saúde de Forma Estratégica
Considerando a crescente oferta de programas de saúde e bem-estar no mercado, é fundamental que as empresas saibam direcionar seus investimentos de forma estratégica para obter os melhores resultados.
A adaptação dos programas às características e demandas específicas de cada empresa é crucial para garantir o sucesso e o impacto positivo dessas iniciativas. O que funciona em uma empresa pode não ser tão eficaz em outra, dependendo da cultura organizacional, da composição da equipe e das condições de trabalho. Portanto, é importante que as empresas realizem uma Avaliação Pré-Inserção na qual analisem o perfil e as necessidades dos colaboradores antes da implementação de programas de saúde.
Ao entender melhor os desafios enfrentados no ambiente de trabalho, desde problemas osteomusculares até altos níveis de estresse, as empresas podem direcionar seus investimentos de forma mais estratégica em programas de saúde adaptados às necessidades específicas de seus colaboradores, podendo obter um retorno maior dessas iniciativas, promovendo tanto o bem-estar dos funcionários quanto o sucesso organizacional.
Métricas Além do ROI (Retorno sobre o Investimento)
Para além dos tradicionais indicadores financeiros, como o retorno sobre o investimento (ROI), existem diversas métricas que podem ser utilizadas para avaliar a eficácia dos programas de saúde e bem-estar no ambiente de trabalho. Essas métricas proporcionam uma visão mais abrangente do impacto dessas iniciativas na empresa e nos colaboradores, auxiliando na compreensão dos benefícios intangíveis que esses programas proporcionam.
Engajamento dos Colaboradores
O engajamento dos colaboradores é fundamental para o sucesso de qualquer programa de saúde. Métricas como taxa de participação, satisfação com o programa e feedback dos colaboradores podem fornecer insights valiosos sobre o nível de engajamento e o impacto do programa na motivação e no bem-estar dos colaboradores.
Presenteísmo e Absenteísmo
O presenteísmo, caracterizado pela presença no trabalho com produtividade reduzida devido a problemas de saúde, pode ter um impacto significativo na produtividade e nos custos da empresa. O absenteísmo, por outro lado, refere-se à ausência no trabalho por motivos de saúde. Monitorar o presenteísmo e o absenteísmo antes e depois da implementação do programa de saúde pode ajudar a avaliar seu impacto na saúde e na produtividade dos colaboradores.
Qualidade de Vida no Trabalho
Programas de saúde eficazes podem contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos colaboradores. Métricas como satisfação com a vida, níveis de estresse, hábitos alimentares e atividade física podem fornecer insights sobre o impacto do programa no bem-estar geral dos colaboradores.
Prevenção de Doenças
Acompanhar o índice de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, bem como o número de queixas osteomusculares, pode ajudar a avaliar o impacto das iniciativas na saúde e segurança dos colaboradores.
Indicadores de Saúde Mental
A saúde mental dos colaboradores é uma preocupação crescente para as empresas. Acompanhar indicadores como o nível de estresse, ansiedade e depressão entre os funcionários pode ajudar a identificar áreas de intervenção e orientar o desenvolvimento de programas específicos de suporte à saúde mental.
A Importância de Considerar Métricas Além do Retorno Financeiro
Ao avaliar programas de saúde e bem-estar no ambiente de trabalho, é essencial reconhecer que o retorno nem sempre se manifesta de maneira direta e mensurável em termos financeiros. Assim como ressalta o Dr. Leandro Müller, Médico do Trabalho e Gerente de Saúde e Segurança LATAM na Clariant, em sua fala no programa ElevaTalks sobre como os programas de saúde devem ser efetivos e trazer retorno:
“Quando eu falo em retorno, nem sempre esse retorno é um retorno financeiro direto e demonstrável. Acho que ter essa conversa com a gestão da empresa também é um pouco delicado, porque muitas vezes em outras áreas você pode ter programas, desenvolvimentos e ações que geram retorno financeiro mais claro, mais direto. E quando você fala em saúde, nem sempre."
Dr. Müller complementa "Vou dar um exemplo: a gente tem hoje um programa, coordena um programa de crônicos, que pra mim já é um sucesso, a gente já fez aniversário de cinco anos, e ele tem ROI, tem uma demonstração de cálculo financeiro na projeção da utilização daqueles segurados versus aquilo que ele gasta hoje, o ticket médio que ele gasta hoje, porque ele está sendo acompanhado dentro de um programa que tá trazendo saúde, que tá trazendo controle de uso de medicações, adesão ao tratamento, etc. Ao passo em que você tem um programa, por exemplo, como saúde mental, que tem um impacto enorme, gigantesco, porque a gente tá ali cuidando da saúde emocional das pessoas, a gente tá trazendo produtividade, a gente tá resolvendo conflitos, muitas vezes a gente tá identificando questões que fazem conexão com recursos humanos, assim, falando de desenvolvimento organizacional, da capacidade da pessoa ser um gestor de pessoas, e que muitas vezes você não tem números muito ou financeiros pra medir, você tem indicadores, a gente consegue demonstrar um valor naquilo que a gente tá entregando, mas a gente não tem um retorno financeiro evidente. E então, acho que demonstrar isso, acho que é aproveitar as oportunidades.”
Programas voltados para a saúde mental dos colaboradores podem ter um impacto enorme e multifacetado, que vai além dos números financeiros. Cuidar da saúde emocional dos funcionários não apenas promove a produtividade e resolve conflitos, mas também tem repercussões na capacidade de gestão e no desenvolvimento organizacional.
O episódio do ElevaTalks com a participação do Dr. Leandro pode ser assistido na íntegra no Youtube da ElevaLife!
Conclusão
Ao utilizar um conjunto de métricas que vão além do ROI, as empresas podem obter uma visão mais completa do impacto dos programas de saúde na organização e em seus colaboradores. Isso permite que as empresas tomem decisões mais informadas sobre a alocação de recursos e o direcionamento de investimentos em programas de saúde que geram resultados positivos tanto para a empresa quanto para seus colaboradores.
Programas Integrados de Saúde e Bem-Estar
A ElevaLife desenvolve soluções integradas em Ergonomia, Prevenção e Promoção à saúde, impactando positivamente na qualidade de vida e bem-estar. Nossos programas são especificamente elaborados para atender às necessidades dos colaboradores.
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