O que Falta para a Ergonomia Ser Estratégica nas Empresas?
- ElevaLife

- 6 de ago.
- 3 min de leitura
Muito se fala em ergonomia como obrigação legal ou como ação pontual para cumprir a NR-17. Mas será que as empresas estão, de fato, enxergando seu valor estratégico?
A verdade é que, quando bem aplicada, a ergonomia não é apenas uma solução corretiva, mas uma ferramenta para aumentar produtividade, reduzir custos, preservar talentos e promover um ambiente de trabalho sustentável.

O que é, de fato, Ergonomia?
Ergonomia é a ciência que estuda a relação entre o ser humano e o seu ambiente de trabalho, com foco em adaptar as condições de trabalho às capacidades e limitações físicas e cognitivas das pessoas. É um pilar da saúde e segurança, mas vai além: trata-se de promover bem-estar, eficiência e segurança no trabalho.
Onde a maioria das empresas ainda erra
Apesar de sua importância, a ergonomia ainda é tratada por muitas organizações como algo reativo, pontual, ou ligado apenas ao cumprimento da norma NR-17.
Veja alguns dos principais erros:
Foco exclusivo em análises e pareceres: entregar um documento técnico não significa que a gestão ergonômica está implementada.
Ausência de integração com a estratégia de saúde corporativa.
Falta de envolvimento da liderança e áreas estratégicas, como RH, Engenharia e Operações.
Gestão limitada aos aspectos físicos do trabalho, ignorando os fatores cognitivos, organizacionais e psicossociais.
Por que a ergonomia precisa ser estratégica?
Uma abordagem estratégica da ergonomia gera benefícios em múltiplas frentes:
Redução de custos com afastamentos
Lesões por esforço repetitivo (LER/DORT) continuam entre as principais causas de afastamento no Brasil. Programas de ergonomia bem estruturados previnem esses afastamentos, diminuindo os custos com saúde e absenteísmo.
Aumento da produtividade
Ambientes adequados reduzem a fadiga física e mental, melhoram a concentração e facilitam a execução das tarefas.
Engajamento e retenção de talentos
Empresas que demonstram preocupação com o bem-estar físico e emocional dos colaboradores constroem uma cultura de cuidado, o que impacta diretamente o engajamento e a retenção.
Cumprimento legal com visão de longo prazo
Estar em conformidade com a legislação é essencial. Mas ir além do mínimo legal mostra comprometimento real com saúde e segurança.
O que falta para a ergonomia ser, de fato, estratégica?
1. Diagnóstico realista e atualizado
Muitas empresas não têm uma visão clara sobre as reais condições ergonômicas dos postos de trabalho. A aplicação da Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP) e, quando necessário, da Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é o primeiro passo.
2. Gestão contínua dos riscos
Não basta identificar os riscos, é necessário acompanhar, monitorar e tratar com plano de ação, metas e indicadores.
3. Envolvimento da alta liderança
Ergonomia não deve ser responsabilidade exclusiva do SESMT. É preciso que líderes e gestores estejam envolvidos, entendam os impactos e participem das decisões.
4. Integração com o GRO e PGR
Com a nova NR-1 e a exigência de Gestão de Riscos Ocupacionais, a ergonomia deve ser incorporada à análise de riscos, inclusive com foco em fatores psicossociais e organizacionais.
5. Cultura organizacional favorável
É necessário criar uma cultura que valorize pausas, diálogo, ajustes de posto, escuta ativa e bem-estar como parte da rotina e não como exceção.
Conclusão
A ergonomia só será estratégica quando for vista como investimento, e não como custo.
Ela precisa estar conectada à realidade do negócio, integrar a gestão de riscos, contar com apoio da liderança e envolver todos os setores da empresa.
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