A Fisioterapia do Trabalho é uma importante ferramenta utilizada por muitas empresas atualmente, já que proporciona o acompanhamento das condições de saúde osteomuscular do colaborador.
Mas realizar uma Gestão Osteomuscular em populações expostas a riscos ocupacionais e que apresentem comportamentos “pouco saudáveis” não tem sido uma tarefa fácil para Gestores de Saúde, Segurança do Trabalho e Recursos Humanos.
Este é o retrato atual de grande parte da população de empresas no Brasil, principalmente em fábricas, mas também em escritórios, em que a soma dos riscos ambientais e organizacionais (extrínsecos) com o desequilíbrio da rotina e estilo de vida (intrínsecos) acaba desencadeando diversas consequências e perdas.
Portanto, se você busca compreender como a fisioterapia do trabalho pode trazer contribuições positivas e efetivas na sua organização, aproveite a leitura!
As consequências da Combinação de Fatores de Riscos Extrínsecos e Intrínsecos
Muitas empresas sofrem com o absenteísmo por CID-M, que normalmente se inicia por atestados de poucos dias, evoluindo para afastamentos mais prolongados e, muitas vezes, recorrentes, sempre acompanhados de consultas médicas, exames e sessões fisioterápicas (custos, tempo e sofrimento).
Nesta jornada, todos os envolvidos se perguntam se existe uma conexão com a atividade laboral e a resposta, muitas vezes, acaba sendo encontrada na análise ergonômica do trabalho.
Vale reforçar que nem todo sintoma ou distúrbio osteomuscular tem relação com o trabalho/atividade laboral (por esse motivo não abordaremos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho – DORT, e sim, em empresas), e isso representa um dos fortes motivos para uma empresa acompanhar de perto a sua população (conheça mais sobre as dores e suas origens).
Mas tão difícil quanto encontrar a resposta se há relação ou não é acompanhar o processo de reabilitação do trabalhador e retorná-lo à atividade certa, no momento certo.
Se a reabilitação e o retorno não forem bem conduzidos, o risco de o problema recorrer (recidiva) e se tornar crônico é maior e, junto com isso, passos atrás são dados, com novas consultas, exames etc.
Como interromper esse processo que leva às lesões?
Independentemente do tipo de atividade laboral, a incidência de desfechos negativos de saúde vêm aumentando nas populações profissionalmente ativas.
A incidência de DORT representa um dos principais fatores adversos na saúde ocupacional, resultando em aumento dos custos e redução da produtividade e da qualidade de vida dos trabalhadores.
Dispor de um fisioterapeuta ou equipe de fisioterapia clínica e do trabalho junto à equipe do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), por menor que seja a carga horária inicial, para avaliação, orientação e tratamento, é essencial para intervir o mais precocemente possível, prevenindo o aparecimento e agravamento de distúrbios ou lesões e facilitando o processo de reabilitação (menor tempo, custo e sofrimento).
Dessa forma, com o tempo de estrada de nosso time de gestão, concluímos que algumas práticas são essenciais e fazem a diferença para o sucesso na resolução dos casos:
1. Olhe o Trabalhador como um Atleta
Percebemos que isso faz total sentido, pois estamos falando de desempenho físico e psicológico. Na etapa de retorno ao trabalho e acompanhamento dos primeiros 30 dias, praticar esse conceito poderá ser determinante para o sucesso.
Deste modo, nomeamos esse processo de gestão de restritos, onde acompanhamos de perto a evolução de cada caso e consideramos todo o contexto biopsicossocial envolvido.
2. Diagnóstico Assertivo dos Postos de Trabalho
A qualidade destes dados trará agilidade tanto à visualização do potencial nexo com a atividade laboral como para tomada de decisões de realocação preventiva e planejamento do retorno ao trabalho.
Reconhecer as diferenças de papéis do fisioterapeuta do trabalho para o ergonomista é essencial para alcançar a assertividade.
3. Habilidade em Lidar com o Trabalhador, Líderes e Gestores da Produção
Articular-se e se comunicar com clareza e, ao mesmo, tempo, com cautela, será determinante para que o fisioterapeuta consiga ser parcial, contribuindo a todas as partes envolvidas e obtendo o sucesso no desfecho de cada caso.
4. Repertório Técnico e Metodologia para o Atendimento Clínico
Tratar dor osteomuscular é complexo e exige um repertório de técnicas que inclui terapias manuais, métodos posturais, eletroterapia e visão da fisioterapia esportiva.
Somar isso a uma linha de raciocínio ou sequência terapêutica ajudará na redução da variação do padrão do serviço e, consequentemente, dos resultados clínicos.
5. Capacitação Contínua dos fisioterapeutas e espaço para Discussão de Casos
Sabendo-se que grande parte dos sintomas osteomusculares são insidiosos, ou seja, não apresentam um episódio específico relacionado ao aparecimento da dor e pode ser multifatorial, oferecer um suporte técnico para capacitações e discussão de casos é determinante para a melhoria contínua do serviço prestado pela equipe de fisioterapia do trabalho.
O relato das boas práticas relacionadas à Fisioterapia do Trabalho foi útil a você?
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Em próximos materiais traremos conteúdos relacionados a indicadores-chave (KPIs) para potencializar a sua gestão. Fique ligado! Enquanto isso, confira a nossa página de conteúdos!
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