Sabemos que a ergonomia é essencial para garantir a segurança, saúde e produtividade dos colaboradores. Diferente dos ambientes de escritório, as indústrias apresentam desafios específicos devido à natureza das atividades, que incluem movimentação de cargas pesadas, posturas forçadas e repetitivas, e o uso contínuo de máquinas. Esses fatores aumentam o risco de lesões e afastamentos, colocando em destaque a importância de uma abordagem ergonômica adequada.
Entender as necessidades e soluções ergonômicas em ambientes industriais é fundamental para implementar práticas seguras, atender às exigências da NR-17 e melhorar o desempenho dos trabalhadores.
1. Os Principais Desafios da Ergonomia em Ambientes Industriais
Ambientes industriais apresentam desafios ergonômicos distintos e complexos. Entre os principais problemas, podemos destacar:
- Movimentação de Cargas: A movimentação e o manuseio de cargas pesadas e desajeitadas são comuns em indústrias, resultando em esforços físicos intensos que afetam a coluna vertebral, ombros e joelhos. Este desafio aumenta os riscos de lesões musculoesqueléticas e de coluna, como as LER/DORT.
- Posturas Inadequadas e Repetitivas: A execução repetitiva de tarefas em posturas inadequadas, como trabalhadores que precisam se agachar constantemente, girar o tronco ou levantar objetos acima dos ombros, compromete a saúde física dos colaboradores. O desgaste físico acumulado gera fadiga muscular e aumenta a vulnerabilidade a lesões.
- Uso Contínuo de Máquinas e Equipamentos: Máquinas vibratórias e equipamentos que exigem um posicionamento específico, como empilhadeiras e prensas, também oferecem riscos ergonômicos quando não são utilizados corretamente ou quando o colaborador não é instruído sobre práticas ergonômicas adequadas.
- Carga Mental e Concentração: Além dos riscos físicos, o ambiente industrial pode impor uma alta carga mental. Operações complexas e o uso de máquinas pesadas exigem um nível elevado de concentração e controle, onde o cansaço físico e mental aumentam a chance de acidentes e erros.
2. Impactos dos Problemas Ergonômicos na Indústria
Os problemas ergonômicos afetam diretamente a saúde e a segurança dos colaboradores, bem como o desempenho e a produtividade da empresa. As consequências incluem:
- Afastamentos e Custos Médicos Elevados: Lesões ocupacionais resultantes da falta de ergonomia são responsáveis por um grande número de afastamentos nas indústrias. Esses afastamentos geram custos elevados tanto com tratamentos médicos quanto com a substituição temporária dos colaboradores.
- Perda de Produtividade: A presença de desconforto físico e dores constantes diminui a capacidade de trabalho dos colaboradores, resultando em perda de produtividade e afetando diretamente a capacidade de produção e entrega da empresa.
- Queda na Qualidade de Vida e Rotatividade: Colaboradores que trabalham em condições ergonomicamente inadequadas são mais propensos a deixar a empresa em busca de melhores condições de trabalho, o que pode levar a uma alta rotatividade e aumento nos custos com contratação e treinamento.
3. Soluções Ergonômicas para Ambientes Industriais
Implementar soluções ergonômicas em ambientes industriais requer uma abordagem detalhada e personalizada para cada função e setor. A seguir, apresentamos algumas das principais estratégias para mitigar os riscos ergonômicos e melhorar a saúde e a segurança dos trabalhadores:
1. Diagnóstico de Riscos Ergonômicos - Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP) e Análise Ergonômica do Trabalho (AET)
O diagnóstico dos riscos ergonômicos é um passo essencial para avaliar as condições de trabalho e identificar os fatores de risco presentes. Por meio das avaliações é possível mapear os problemas ergonômicos em cada posto e propor soluções que atendam às necessidades específicas dos colaboradores e planejar, através das prioridades apontadas, quais situações de trabalho devem ser aprimoradas.
2. Treinamento e Capacitação dos Colaboradores
Educar os colaboradores sobre posturas corretas e técnicas de movimentação segura de cargas é uma estratégia eficaz para reduzir o risco de lesões. Treinamentos regulares e práticos ajudam os trabalhadores a entender como prevenir dores e desconfortos durante as atividades diárias.
3. Uso de Equipamentos de Levantamento e Transporte
A introdução de equipamentos auxiliares, como plataformas elevatórias, carrinhos e paleteiras, permite que os colaboradores movimentem cargas pesadas de maneira segura e reduzam o esforço físico. Além disso, o uso de exoesqueletos industriais, cada vez mais disponíveis no mercado, pode proporcionar suporte adicional durante o levantamento de cargas.
4. Ajuste e Modificação de Máquinas
Máquinas e equipamentos industriais devem ser ajustados para atender às necessidades ergonômicas dos colaboradores. É importante garantir que as alavancas, botões e telas estejam ao alcance adequado e que a altura dos equipamentos seja ajustada para evitar posturas inadequadas. Alterações no layout e na disposição dos equipamentos também podem reduzir movimentos repetitivos e o esforço físico.
5. Implementação de Pausas Ativas e Rotação de Tarefas
As pausas ativas, que consistem em pequenos intervalos para alongamentos e exercícios de mobilidade, ajudam a reduzir a fadiga muscular. A rotação de tarefas, em que os colaboradores alternam entre diferentes funções, reduz a exposição aos movimentos repetitivos e às posturas forçadas.
6. Ergonomia Cognitiva
Em funções que exigem atenção constante e controle de equipamentos pesados, a ergonomia cognitiva é essencial. Isso inclui o design de painéis e interfaces intuitivas, que reduzem a carga mental e facilitam a operação segura das máquinas. A ergonomia cognitiva também ajuda a reduzir a fadiga mental, que pode comprometer a concentração e aumentar o risco de acidentes.
Conclusão: Ergonomia – Um Investimento Necessário
Investir em ergonomia em ambientes industriais é essencial para proteger a saúde dos colaboradores, reduzir custos com afastamentos e aumentar a eficiência operacional. A implementação de uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET) ou de soluções ergonômicas específicas para o setor industrial não só cumpre a NR-17 como promove um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.
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