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Como Fazer a Gestão dos Fatores de Riscos Psicossociais Relacionados ao Trabalho?

Riscos Psicossociais

Por Que a Gestão dos Riscos Psicossociais É Fundamental nas Empresas?


Os fatores de risco psicossociais no ambiente de trabalho têm impacto direto na saúde física e mental dos trabalhadores — e por consequência, nos índices de absenteísmo, rotatividade, produtividade e clima organizacional. Pressão por metas, sobrecarga, jornadas extensas, conflitos interpessoais e falta de reconhecimento são apenas alguns exemplos desses riscos invisíveis que, se não forem bem geridos, geram consequências graves.

Diante desse cenário, a NR-01 (Programa de Gerenciamento de Riscos – GRO) e a NR-17 (Ergonomia) trazem diretrizes importantes e obrigatórias para que as organizações identifiquem, avaliem e controlem esses fatores de risco, com foco na promoção de um ambiente de trabalho seguro, saudável e produtivo.


O Que Dizem a NR-1 e a NR-17 Sobre os Riscos Psicossociais?


De acordo com os itens 17.1.1 e 17.2.1 da NR-17, a gestão de ergonomia é obrigatória para todas as organizações, com o objetivo de adequar o trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, promovendo conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente.

Isso inclui a identificação e o controle dos fatores de risco psicossociais, que devem ser tratados dentro do escopo do GRO – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, conforme prevê a NR-01. Para isso, a norma estabelece dois métodos principais:


Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP)

  • Deve ser aplicada em todas as empresas, inclusive aquelas que, por grau de risco, estão dispensadas da elaboração do PGR (ME e EPP grau de risco 1 ou 2).

  • É uma abordagem inicial e obrigatória que avalia os perigos e riscos, incluindo os psicossociais, e propõe medidas preventivas.


Análise Ergonômica do Trabalho (AET)

  • Deve ser realizada em situações específicas conforme previsto no item 17.3.2 da NR-17.

  • É uma abordagem mais profunda e detalhada, usada em situações críticas, reincidentes ou quando a AEP indica necessidade de investigação adicional.


Passo a Passo para Realizar a Gestão dos Riscos Psicossociais na Prática


1. Avalie a Necessidade de Ajuda Especializada

Se a empresa não possui experiência com a identificação dos fatores de risco psicossociais, é recomendado buscar apoio de profissionais especializados. Esse suporte pode ser técnico (ergonomistas, psicólogos do trabalho, engenheiros de segurança) e também envolver a CIPA e representantes dos trabalhadores, como previsto na NR-5.


2. Envolva Todas as Partes Interessadas

O sucesso do processo depende do engajamento de todos:

  • Profissionais de SST (como o SESMT, se houver)

  • Gestores de todos os níveis

  • Lideranças diretas e supervisores

  • Trabalhadores

O envolvimento coletivo fortalece a adesão e torna o diagnóstico mais realista e eficaz.


3. Atribua Responsabilidades Claras

É fundamental estabelecer quem será responsável por cada etapa do processo, desde a aplicação de questionários, análises, implantação de ações corretivas e acompanhamento de resultados. Essa organização contribui para a fluidez e a continuidade do programa.


4. Comunique os Trabalhadores com Clareza e Transparência

A comunicação é um dos pilares da boa gestão. Informe os colaboradores sobre:

  • O que são riscos psicossociais

  • Por que esse processo será realizado

  • Quais etapas serão feitas (como aplicação de questionários, entrevistas, escuta ativa)

  • Como os dados serão tratados e quais os benefícios esperados

Isso fortalece o vínculo de confiança e aumenta a participação dos trabalhadores.


Exemplos de Ações para Redução dos Riscos Psicossociais


Com base nas informações levantadas pela AEP ou AET, a empresa poderá implementar ações práticas como:

  • Ajustes organizacionais: revisão de metas, redefinição de rotinas, realocação de demandas.

  • Capacitação de lideranças: treinamento em gestão humanizada, comunicação não violenta, escuta ativa.

  • Apoio à saúde mental: criação de espaços de acolhimento, campanhas de conscientização, acesso a psicólogos.

  • Promoção de pausas e recuperação: pausas ativas, tempo de desconexão, flexibilização de horários.

  • Clima organizacional: avaliações periódicas e construção de ambientes baseados em confiança e cooperação.


Por Que Levar a Gestão dos Riscos Psicossociais a Sério?

Ignorar esses fatores pode gerar:

❌ Afastamentos por transtornos mentais e burnout

❌ Aumento do turnover

❌ Baixa produtividade e motivação

❌ Processos trabalhistas e passivos jurídicos


Por outro lado, investir em ergonomia e bem-estar psicológico:

✅ Melhora o clima organizacional

✅ Aumenta o engajamento

✅ Fortalece a cultura de segurança e cuidado

✅ Garante conformidade com a NR-1 e NR-17



Conclusão: Sua Empresa Está Preparada para Essa Gestão?

A gestão dos riscos psicossociais deve deixar de ser um tema secundário e passar a ser uma estratégia central de saúde ocupacional, conforme exigido pela NR-1 e pela NR-17. A aplicação correta da AEP e da AET, com o apoio de profissionais especializados, comunicação transparente e envolvimento coletivo, é o caminho mais seguro para construir um ambiente de trabalho saudável, produtivo e legalmente adequado.


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