Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP, em parceria com o Conselho Federal de Medicina – CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. O dia 10 de setembro é oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha acontece durante todo o ano.
Segundo dados recolhidos em 2012 pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida todos os anos e estima-se que no mundo aconteça um suicídio a cada 40 segundos. Essa é uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens com idades entre 15 e 29 anos.
Cerca de 96,8% dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.
Quais os sintomas mais comuns de depressão?
- Sensação de tristeza ou vazio persistente;
- Sentimento de desesperança ou pessimismo;
- Irritabilidade;
- Perda de prazer ou interesse pela vida;
- Sentimentos de culpa ou inutilidade.
As pessoas que pensam em suicídio normalmente estão tentando fugir de uma situação da vida que lhes parece insuportável, buscando o alívio por:
- Sentirem-se envergonhadas, culpadas ou por se acharem um peso para os demais;
- Sentirem-se vítimas;
- Sentimentos de rejeição, perda ou solidão.
Além da depressão, que outras situações podem levar ao comportamento suicida?
Situações que podem ser encaradas como devastadoras. Por exemplo:
- Transtorno bipolar;
- Morte de uma pessoa querida;
- Trauma emocional;
- Desemprego ou problemas financeiros;
- Algum membro da família que cometeu suicídio;
- Histórico de negligência ou abuso na infância;
- Término de relacionamentos;
- Dependência de drogas ou álcool.
Como identificar quando alguém precisa de ajuda?
Pessoas sob risco de suicídio podem:
- Apresentar comportamento retraído, dificuldades para se relacionar com família e amigos;
- Apresentar irritabilidade, pessimismo ou apatia;
- Sofrer mudanças nos hábitos alimentares ou de sono.
- Apresentar sentimento de culpa, sentir-se sem valor ou com vergonha por algo;
- Ter um desejo súbito de concluir afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento;
- Apresentar sentimentos de solidão, impotência e desesperança;
- Falar repentinamente sobre morte ou suicídio;
- Apresentar personalidade impulsiva, agressiva ou humor instável.
Como ajudar?
Para ajudar uma pessoa com comportamentos suicidas, algumas ações são fundamentais, como:
- Ouvir a pessoa demonstrando empatia;
- Aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento;
- Procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;
- Oferecer o apoio necessário;
- Levar a situação a sério, verificando o grau de risco;
- Perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores;
- Conversar com a família e amigos imediatamente;
- Remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;
- Buscar ajuda.
O que não fazer
- Não ignore a situação;
- Evite diminuir a dor da pessoa ou julgar os seus sentimentos;
- Evite agir fazendo com que o problema pareça uma bobagem ou algo trivial;
- Evite deixar a pessoa sozinha em momentos de crise;
- Não tenha vergonha em procurar ajuda!
Se você está deprimido ou angustiado, sem vontade de viver, é fundamental buscar ajuda o mais rápido possível. Buscar o auxílio adequado é o primeiro passo. Os acompanhamentos médicos e psicológicos são as maneiras mais eficazes de tratamento.
O diálogo sobre o assunto é o melhor jeito de evitarmos o comportamento suicida. Se você ou alguém que você conhece possui pensamentos suicidas, peça ajuda!
- CAPS (Centro de Atenção Psicossocial)
- Unidades Básicas de Saúde
- Unidades de Saúde da família
- CVV (Centro de Valorização da Vida) – Fone: 188 – 24 horas